As promessas de Deus precisam ser alcançadas

  

   São tantas mensagens positivas sobre as promessas de Deus na vida dos homens que eu leio, assisto. A maioria dessas mensagens apenas fala que Deus sempre cumpre Suas promessas, e que essas promessas não retardam. Pois é, eu acredito nisso, mas acredito também que o homem precisa fazer a sua parte para que a promessa se cumpra na vida dele. Vou explicar:

   Há inúmeros casos na Bíblia Sagrada em que Deus faz a promessa ao homem e está se cumpre; todos os casos na verdade se cumpriram. No entanto, algumas foram retardadas, outras modificadas, simplesmente porque o homem desobedeceu às ordens de Deus.

   Exemplo: O povo de Israel passou 40 anos andando pelo deserto sendo que poderia tê-lo atravessado em alguns dias, isso porque desobedeceram as leis de Deus, porque não tiveram fé no Deus que os libertara do Egito. A promessa da terra que mana leite e mel foi retardada por Deus por causa da desobediência do Seu povo.

   Outro exemplo: Deus prometeu a Davi que seus filhos, e os filhos deles seriam reis de Israel para sempre (2 Samuel 7:16), no entanto, Salomão desagradou muito a Deus ao adorar os ídolos de suas mulheres e se esquecer de Deus; ao deixar o povo de Israel infeliz com tantos impostos; ao desobedecer a Deus (1 Reis 11). Deus prometera a Davi e a Salomão que a sua descendência governaria Israel para sempre, mas Salomão quebrara o acordo feito com Deus de adorá-lO e servi-lO. Então Deus, para não descumprir a promessa feita a Davi deixou que duas das doze tribos (Judá e Benjamim) fossem governadas por seus descendentes, e as outras dez tribos passaram a ser governadas por outro. A promessa de que a família de Davi governaria Israel para sempre foi modificada por causa da desobediência de Salomão, mas Deus a cumpriu do Seu modo.

   Agora eu faço essas perguntas a você, que está lendo: Será que se Abraão não tivesse obedecido a ordem de Deus e se mudado para Canaã, Deus teria cumprido a promessa feita a Ele? Creio que sim, mas de um modo diferente. Será que se Moisés não tivesse ido libertar o povo de Israel do Egito e permanecesse em Mídia Deus libertaria Israel? Claro que sim, mas já não seria mais Moisés quem Deus usaria para libertá-los. Será que Josué e o povo de Israel teriam conquistado Jericó se não tivessem obedecido às ordens de Deus? Provavelmente não.

   Tantos outros exemplos eu poderá dar aqui, mas acho que é o suficiente. O que eu quis dizer com todos esses exemplos é que para ter as promessas de Deus feitas a você é preciso obediência a Deus, é preciso confiar nEle. É preciso alcançar as promessas, dar o primeiro passo. Deus cumpriu as promessas na vida desses homens porque eles seguiram as ordens de Deus, porque eles deram o primeiro passo.

   Se Deus fez uma promessa a você, não fique sentado esperando, dê o primeiro passo em direção a ela. Não desobedeça a Deus, a promessa pode estar retardada por causa da sua desobediência. Confia em Deus, e receberá a promessa no devido tempo, de acordo com a vontade dEle, mas apenas se você permanecer fiel a Deus.

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Descobrindo a Cruz

  

   A minha vida inteira eu passei presa em um quarto escuro sem me dar conta disso. As paredes mostravam paisagens lindas, mostravam um mundo de acordo com os meus pensamentos, um mundo que existia apenas na minha mente. Nada me faltava, era o que eu pensava. As paredes me enganavam.

   Contudo, nesse quarto escuro e sem portas havia uma pequena janela no alto de uma parede. Mas era tão alta que eu via apenas o céu azul; mas as paredes também mostravam um céu azul e eu o achava tão real quanto o céu que a pequena janela me deixava ver.

   Com o tempo, o que as paredes me mostravam já não me satisfaziam, o vazio daquele lugar me envolvia cada vez mais; eu fui me dando conta de como aquele quarto era frio e escuro. Foi quando percebi como a luz que entrava por aquela janelinha era intensa.

   Fiquei por alguns instantes contemplando o céu pela pequena janela quando de relance vi a imagem de uma cruz; foi, porém, tão rápida que pensei ter sido uma alucinação. As paredes já haviam me mostrado uma cruz, mas sempre com um homem ensangüentado e triste preso nela; essa estava vazia e brilhara tanto que quase me cegou.

   Permaneci olhando para a janela na esperança de ver aquela linda cruz novamente. Ela apareceu desta vez, mesmo longe, com uma luz tão intensa que fui obrigada a fechar os olhos e me ajoelhar para não cair. Por um longo tempo eu fiquei prostrada, com os olhos fechados sentindo um calor que nunca sentira antes, como se aquela luz estivesse me abraçando, foi a melhor sensação da minha vida.

   Quando abri os olhos, vi que a janela, antes pequena, já ocupava metade da parede. Agora eu pude ver a cruz sem ser cegada pela luz que ela emitia. Da cruz então saiu uma pomba branca que me ajudou, enquanto eu me ajoelhava, a descobrir o que existia por trás das paredes quarto. Percebi que quanto mais tempo eu ficava ajoelhada, mas a janela ia aumentando o seu tamanho.

   Depois de um tempo pude ver um caminho que tinha por destino a cruz que tanto me maravilhava. A parede em que estava a janela havia sumido, pela primeira vez eu pude por os pés para fora daquele quarto, pude sentir o cheiro da liberdade. Decidi seguir o caminho até a cruz.

   Entretanto, as três paredes que ainda restavam do quarto me seguiam pelo caminho, e como este era estreito, um passo em falso, um olhar para esquerda, para direita, ou para trás me fazia perder o rumo do caminho e as paredes me iludiam de novo ao mostrar caminhos que me levavam para cada vez mais longe da cruz; caminhos supostamente melhores. Mas da cruz sempre saia uma voz que me orientava e me fazia voltar para o caminho; essa voz e a pomba branca me guiavam.

   Ainda não cheguei ao meu destino. Mas quanto mais perto chego da cruz, mais as paredes diminuem e perdem a influência sobre mim. Quanto mais tempo eu passo ajoelhada menos tamanho essas paredes tem.

   Quando me viro para os lados e para trás e não para frente, onde está a cruz, essas paredes voltam a crescer; mas eu continuo a minha caminhada, pois sei que é na cruz que a minha vida realmente começa.  

Essa pequena história que eu escrevi é para falar um pouco sobre como a minha vida mudou depois que vi a cruz, depois que realmente conheci Jesus. São metáforas que podem lhe parecer confusas, mas não é de difícil entendimento quando se conhece a Palavra de Deus.

Os primeiros cristãos

Cristãos na cova dos leões

   Pois é, os primeiros cristãos suportavam até a morte por amor a Cristo e acreditavam em Sua palavra “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mateus 10:28) enquanto nós, cristãos atuais, nos revoltamos com Deus por coisas minúsculas que não deram certo.

   Os primeiros cristãos eram mortos (Veja o caso de Estevão em Atos 7), perseguidos (Leia o livro de Atos), e vendiam tudo o que tinham e compartilhar com os irmãos de acordo com suas necessidades (Atos 4:34), pregavam com a autoridade do Espírito Santo, mesmo sabendo que poderiam ser mortos ou presos. E o que fazemos hoje? Damos o dízimo, e tem muitos que ainda reclamam. Damos carinho e apresentamos Jesus a um morador de rua ou olhamos torto quando passamos por ele? Pregamos o Evangelho de Jesus nas nossas escolas, trabalhos ou qualquer outro grupo que freqüentamos ou O negamos por vergonha do que as pessoas acharão de nós?

   Felizmente, não somos mais mortos fisicamente por sermos cristãos, mas precisamos morrer todo dia para o mundo e suas concupiscências “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça” (1 Pedro 2:24)

   Que possamos retornar à simplicidade do Evangelho, onde o amor, a fé e a esperança valiam mais do que cargos na igreja; onde a obediência a Deus era mais importante do que a obediência aos homens, onde as pregações não eram apenas um show feito pelos homens, mas sim um show feito por Deus através dos homens para revelar a verdade de Suas palavras e a Sua glória... Que possamos, assim como os primeiros cristãos, suportar até a morte pelo o que acreditamos, dizer sem medo ou vergonha: Eu acredito em Jesus!

O chamado feito a todos

   Penso muito no chamado que Deus tem para mim, em qual será ele. Mas Deus já me disse qual é o meu chamado, aliás, um chamado feito a todos os que aceitam Jesus como Senhor e Salvador e recebem o Seu Espírito Santo; e o chamado é este: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” (Lucas 16:15). Ou seja, eu devo pregar o evangelho não importa como, onde ou quando.

   Muitos cristãos se vêem tão preocupados com o seu chamado que se esquecem de que Deus já lhes deu um chamado, que é servi-lO e segui-lO não importa como. Começam a focar somente naquela missão que Deus lhe deu como pastor, apóstolo, levita, diácono, obreiro etc. e se esquecem que ser discípulo de Cristo é muito mais do que simples cargo dentro da igreja. Está certo que cada um tem o seu dom, o seu ministério na igreja para que esta permaneça firme a forte na fé e na palavra de Deus, mas isso não é desculpa para ficarmos estagnados apenas naquilo que fazemos na igreja; lembrando que quando se para de crescer espiritualmente a tendência é a queda.

   Deus nos escolheu para levar o evangelho de Jesus e a Sua salvação ao MUNDO, só que parece que nos esquecemos disso quando apenas congregamos em uma igreja e já achamos que é o suficiente. Não, não é o suficiente! Jesus disse que todos os que crerem nEle “Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Marcos 16:17-18) Não se contente com apenas um desses sinais. Busque mais de Deus, busque fazer mais do que é lhe imposto, busque dar mais de si aos outros e a Deus.

   Atenda ao chamado do Senhor, não apenas aquele específico que Deus tem para ti, mas o chamado que Deus fez a todos os que crerem em Jesus. Pregue o Evangelho, através de palavras, de ações e de poder.

Lembre-se; ser discípulo de Jesus Cristo é muito mais do que um cargo na igreja.